Meu nome é Deivid (30). Eu era um cara com a cabeça totalmente virada, passei por várias coisas na minha vida, inclusive meu acidente. Gostava de noitada, saía, pegava várias mulheres; sou pai de cinco filhos e, ao mesmo tempo que eu pegava várias mulheres na rua, deixava a minha em casa, com um filho recém-nascido. Chegava em casa bêbado, totalmente agressivo, acabava até agredindo a minha esposa dentro de casa. Não era um bom marido. Resumindo, um cara usado pelo diabo. E com isso tudo, o diabo queria me destruir mesmo: sofri um acidente de moto, tive três coágulos, fiquei em coma, coloquei trinta parafusos e doze placas no rosto. Destruiu algo que eu mais gostava em mim, que era o meu rosto, querendo ou não, assim, eu era boa pinta. Eu fiz minha mãe passar por várias coisas. Dava minhas aulas de capoeira, e acabava me misturando. Era um cara que era comunicativo, tinha vários contatos, e até mesmo em boca de fumo. Só nunca trabalhei na boca, mas fazia muito ‘bonde’ até, por exemplo, pros adolescentes, pessoa mais adulta, pessoa mais velha, e depois à noite quando deitava minha cabeça em casa, batia um arrependimento muito forte dentro de mim porque na verdade não era isso que eu queria. Vim de uma família boa, tive uma boa educação, e nunca pensei estar dentro de uma igreja. Vim pra igreja com um convite que a minha esposa atual me fez, totalmente perdido, sem saber o que fazer. Vim porque estava passando por muita coisa dentro de casa, até com ela mesmo, coisas que eu não gosto nem de lembrar... Fui um cara totalmente ruim, brigão, aonde ia tinha confusão, não tinha pena de bater, quando pegava machucava mesmo, e até vinha com esse tipo de violência pra dentro de casa, com meu irmão, com minha mulher, com a minha irmã, acabava agredindo minha mãe com palavras, muitas das vezes a vi chorando, pedindo a Deus para mudar meu coração, minha cabeça, porque ela tinha medo de me perder, e eu já estava até a ponto de morrer. Vim pra igreja com o incentivo da minha esposa para buscar. Eu estava sofrendo muito e estava precisando de ajuda. Mesmo assistindo as reuniões, sentia que as pessoas não nos davam atenção, até que um rapaz nos convidou para participar da Força Jovem, onde estou já tem cinco meses. Fui batizado nas águas, deixei as coisas que eu vivia no mundo para trás. Hoje em dia estamos juntos com a rapaziada na ‘linha de frente’ da Força Jovem, onde dou aulas de capoeira, o que tem atraído vários jovens à Casa de Deus.
VPR FONSECA
Nos últimos meses o Força Jovem Fonseca tem ampliado suas atividades esportivas e culturais, inovando assim, todos os seus projetos. 
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